quinta-feira, 14 de março de 2013

Pequenas coisas que emocionam, cegos, mickey e princesas disney


Passando pela catraca do metrô Vila Mariana hoje, deparei-me com vários pequenos grupos de surdos-mudos que conversavam entre si, obviamente através de gestos, e achei tão bonito; o legal era ver a energia ali presente, em meio ao agradável silêncio, em pleno metrô por volta das oito horas da noite de uma quinta-feira. Até senti os olhos darem aquele "remelexo" de quando se vai começar a chorar.

Isso me fez lembrar de outras coisas que vi por aí, num dia comum, que me emocionaram... Uma vez, também no metrô, vi um coral de cegos, e aquilo me emocionou tanto, que não consegui conter as lágrimas que encheram meus olhos, hehe... Até fiquei com vergonha de uma amiga que estava comigo na hora. É, eu tenho vergonha de chorar por aí, na frente dos outros, acho que não sou a única. E olha que sou mulher - essa sociedade acha mais ok uma mulher chorar, do que um homem né... 

Outra coisa, talvez não tão comum, foi no aniversário de 2 anos da minha sobrinha, que teve uns bonecos personagens da Disney - Mickey, Minnie, Pluto, Pato Donald, Pateta, que à primeira vista me surpreenderam como se eu fosse uma criança - "Uaaaaau, que demaaaais", pensei, hahahhaha sim! E quando ficava olhando muito para suas ações - tão inocentes perante às crianças - também me emocionava e, do mesmo jeito, não contive lágrimas e me recolhi num canto para me "recompor". Vai saber o que se passa nessa minha cabecinha?... O óbvio seria pensar no transporte rápido da mente para a infância, mas, o que exatamente se passa?... Por que tanta emoção? E , ah, era uma emoção boa, claro! Gostosa e inocente. Não sei se é o que aqueles bonecos representariam (o que representariam, afinal?), mas, alcançaram uma parte íntima e sensível... Sim, eu me sinto um pouco boba escrevendo isso, nessas palavas, aqui. Tentativa eterna minha de racionalizar essas emoções, descrevendo-as num blog.

E o contraditório é que, poxa, eu não acredito na Disney de hoje como um bom negócio para você dar para seus filhos assistirem! Mas, foi o que EU assisti, portanto muito disso, desse conceito Disney, desses personagens, muito deve ter ficado numa parte gostosa e segura da minha mente, na infância...

A mesma coisa aconteceu recentemente, no aniversário de 3 anos da minha mesma sobrinha, no qual a vez foi das Princesas da Disney, que eu me lembro tanto de ter amado, principalmente A Bela Adormecida, que aluguei e vi incontáveis vezes... As princeeeesas, todas lindas, tinha até um príncipe! Mais uma vez, fui tele-transportada de volta para minha infância, foi TÃO legal. Fizeram um showzinho, fazendo dancinhas de princesas, coisas desse tipo e, lá fui eu de novo, não consegui me conter e chorei, dessa vez não saí dali porque se saísse, chamaria mais atenção. Então resolvi desencanar e, se alguém visse, fazer o quê... Aaaai ai, engraçado isso viu... Nessas situações me sinto totalmente à mercê de certas emoções...


domingo, 20 de janeiro de 2013

Design Gráfico hoje e amanhã

Texto escrito para a matéria Design Editorial II, Prof. Maria Helena Werneck Bomeny
por Sofia Sterzi e Silva
ECAUSP, junho de 2009

Design gráfico hoje e amanhã


O computador surtiu, há poucas décadas, um grande impacto no desenvolvimento do design
gráfico. Desenhos e composições que antes demorariam dias ou semanas, com o computador
demoram minutos ou horas. Abriu-se uma grande porta para a criatividade da mente humana.


O design editorial, especificamente, é uma área que tradicionalmente trabalha com regras para
maximizar a legibilidade. Mas o surgimento da internet trouxe nas últimas décadas uma mudança
estética nos padrões, um questionamento de regras. A rapidez e agilidade que a interface do
computador oferece fez diversos elementos, entre eles a tipografia, serem encarados de uma forma
diferente. A televisão, a internet, os jornais, o cinema, os livros, todos esses suporte para informação
trouxeram a idéia de que tudo é permitido e há espaço para muita experimentação. Foi
enfraquecendo-se a idéia de que a tipografia deveria ser algo atemporal, e foram fortificando-se idéias
como poluição visual e efemeridade. A área de trabalho do computador tornou-se a nova tela, o
novo papel branco. O comando “desfazer” é muito superior à borracha, pois não deixa traços.

Havia flexibilidade na hora da escolha tipográfica. Um tipo que servia para uma coisa, não servia
para outra. Mas isto, longe de ser um problema, tornava-se cada vez mais algo a enriquecer os
projetos gráficos. Os estudantes das áreas gráficas eram estimulados a não seguir regras, ou melhor, a
questioná-las, e inventar as próprias regras. A simplicidade do modernismo também foi questionada,
sendo tachada de clichê em algumas situações.

Já passamos, inclusive, por uma fase de experimentações infindáveis e aparentemente sem
sentido (mas cujo sentido é justamente este - experimentar, estudar possibilidades). Hoje, estamos
iniciando uma fase de equilíbrio entre experimentação e ponderação e conceitos estabelecidos do
design gráfico, regras de legibilidade, leiturabilidade, equilíbrio, desequilíbrio etc.

Mas o computador ainda pode ser uma armadilha. Não é exagero dizer que é até arriscado para
um designer gráfico usar demais um computador para seu processo criativo. Afinal, o mundo não se
restringe a uma tela, um teclado e ou mouse (ou mesmo uma tablet). E não se pode criar tudo numa
tela de computador, que ainda não atingiu tal nível de sofisticação e integração com a mente humana.
Com certeza isso acontecerá, os sistemas tornar-se-ão cada vez mais intuitivos (já existem pesquisas e
experimentos em escolas de ciência da computação sobre mouses/cursores que obedecem
comandos direcionais diretamente da mente.), mas ainda não é o caso.

Os designers gráficos deveriam tentar superar algumas posições um tanto ingênuas. Pode ser
pura ilusão achar que a mais nova tendência da tipografia seja automaticamente melhor e tenha
mais níveis de significado que as experiências anteriores e que estavam mais ou menos
preocupadas com as possibilidades formais. Também pode ser ilusão o fato de que a nova
tecnologia digital tenha maior autoridade e represente uma forma e progresso, considerando que o
progresso tecnológico tem frequentemente causado alguma erosão nos valores humanos.
- Heller, 2007: 283

O questionamento, a quebra de paradigmas e a mudança são fundamentais para a evolução do
ser humano e isso não é diferente na especificidade do design gráfico. A experimentação é, e sempre
será, o coração do design. Mas isso não quer dizer que regras são descartáveis, muito pelo contrário.
“As regras podem ser quebradas, mas nunca ignoradas”- David Jury.

O papel impresso, mesmo com o crescimento exponencial da internet e de novas mídias
interativas, ainda tem um importante papel na cultura mundial. Ainda não são todos que têm acesso à
internet, apesar de o número absoluto ser incrível. Há e continuará havendo, sim, a competição da
internet com a impressão. Alguns jornais são contra publicar notícias online pois “estão dando a
informação de graça”, mas os blogs já têm tamanha envergadura que não é mais possível segurá-los
com esse tipo de argumento. É necessário encarar a realidade e olhar para frente, criar filtros de
informação pois, como se sabe, a quantidade de informação disponível para cada vez mais pessoas é
impossível de ser absorvida e compreendida. Além disso, a maioria é questionável.

Os diferentes tipos de mídias se completam. Peguemos, por exemplo, a internet, a televisão e o
design editorial (revistas, jornais e livros). São linguagens diferentes, timings diferentes, situações,
emoções diferentes. Uma adiciona à outra e não há como brecar esse processo, é algo que acontece
e acontecerá, a informação será cada vez maior e alcançará cada vez maiores distâncias, num espaço
cada vez mais curto de tempo. Mas a internet não desvaloriza o livro. É apenas outra situação, ou até
mesmo, outra “tribo”. Não é todo mundo que gosta de ler na tela e um computador, ao mesmo
tempo em que já há quem somente leia notícias num computador.

Por isso, talvez a internet não seja algo a ser temido pelo design editorial. Este deve seguir seu
próprio caminho, claro, sem negar a existência da mesma, mas não tentando sempre copiá-la e imitála,
pois este exercício será inútil - uma revista não é um website. Deve-se, sim, procurar formas de
integrar as duas coisas, o que já tem sido feito por algumas revistas e jornais, que dão continuações
(ou informações paralelas sobre) de suas matérias em websites integrados.


O futuro é historicamente difícil de prever, mas o progresso se dá justamente fazendo essa
tentativa. Talvez em 200 anos a informação impressa não exista mais, pois as gerações e a tecnologia já
terão caminhado no sentido de interagir integralmente. Mas hoje e no futuro próximo, uma coisa
ainda é certa... A magia existente numa folha de papel em branco e um lápis ao lado ainda não foi
alcançada pela área de trabalho de um computador.


Bibliografia
BOMENY, Maria Helena. O panorama do design gráfico contemporâneo. Tese de doutorado. São
Paulo: FAU, 2009.
Design gráfico: visões de profissionais brasileiros. Núcleo de design gráfico do Gfau. São Paulo:
FAU, 1994

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Estreando!

Amigos e colegas!

Estreei a página do Facebook e o Twitter da ONG, que se chamará QUATRO MÃOS! :)

Confiram:

Página da Quatro Mãos no Facebook

Twitter da QuatroMãos

:)

domingo, 13 de março de 2011

O Impasse do Nome

Não consigo decidir que nome dar à minha ONG. Sim, no último post estava escrito que eu iria revelá-lo logo, mas, acabei mais uma vez deixando minha indecisão imperar e adiei essa decisão do nome, por não estar muito convencida, talvez.

Uma amiga sugeriu que eu continue em frente com o trabalho e pare de me pressionar quanto ao nome, estou tentando fazer isso. dando um trato no desenho do símbolo da marca e também definindo o PLANO DE COMUNICAÇÃO DA ONG SEM NOME.

Devo aprender e pesquisar um pouco sobre Storytelling e Branded Content.

A definição do plano de comunicação seguirá as seguintes etapas:

1. Posicionamento (que já está definido)

2. Públicos pretendidos

3. Pontos de contato (Redes sociais, Petshops (que não vendam animais)... E muitos outros ainda a definir)

4. Concorrência

5. Definir Benchmarking

6. Plataformas de comunicação

7. Ações

8. Peças (Look and Feel + Linguagem verbal) e Produtos

9. Cronograma

Enquanto isso, continuo no engajamento da questão animal e canina fazendo as pesquisas online, e encontrei os seguintes sites interessantes:

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais

A Ilusão do Abrigo
Esse último um post em um blog que fala abertamente sobre a questão dos abrigos, que não representam solução, mas algo como um analgésico, que tenta ajudar na questão, mas não resolve o problema...

E o que resolve o problema? Educação e conscientização. O posicionamento de minha ONG é baseado nisso.

Obs.: não vejo a hora de subtituir a expressão "Minha ONG" por um nome de verdade!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Fazendo uma identidade para uma ONG canina

Vou tentar aqui explicar um pouco o processo do meu TFG na FAU esse ano. Estou no TFG II. O título é Sistema de Identidade Visual para o Terceiro Setor.

O "Terceiro setor" que escolhi = ONG de conscientização ao abandono e maus tratos a animais, principalmente cães. No TFG I pesquisei muitas referências, ONGs relacionadas, internacionais, brasileiras, pesquisei a atuação delas no Facebook e em outras redes sociais. Pesquisei sobre Branding também.

No começo do TFG II, comecei a rafear desenhos para a marca da ONG, ao mesmo tempo em que pensei em nomes. Primeiramente errei no desenho da marca ao escolher formas muito retas e masculinas, que lembravam algo espiritual ao invés de uma ligação com o animal, o cachorro. Meu orientador me apontou isso.

E sobre os nomes. Pensei no nome ALMA a princípio, mas novamente o orientador apontou que este nome seria muito ligado a meditação ou algo espiritual. Concordei e passei a levar mais em conta os códigos e a linguagem que já existem no mercado pet e em ongs do setor. Mas sempre com o cuidado do bom gosto... que é raro aqui no Brasil, nesse setor. Vide exemplo abaixo...



Esses foram os primeiros roughs, muito mal sucedidos, com exceção do último, formato coração, que tinha mais "a ver".





Então repensei o desenho e comecei a pensar em vários nomes. Fiz uma pesquisa com meus amigos sobre que nomes remetem o quê (coloquei os itens "afeto", "cuidado", "proteção", "engraçado", e "gosta"). Alguns nomes que coloquei nessa pesquisa foram: Amicão, Focinhos, ConectDog, Casa de Família, Cão de Família, Cão é Família, Protecão, Totó te ama, Totó.org , Lambão, Fofocão, Malucão, Alma canina, DogLove, FamilyDog, Quatro Patas.

O nome "Quatro Patas" fez muito sucesso, principalmente no item "gosta"... A maioria das pessoas gostaram, e eu tb, e meu orientador tb. MAS, já tem: www.quatropatas.org.br , aliás, uma ONG bem parecida com o que eu quero fazer. Claro. Aí pensei no nome "CãoPaixão", mas tb já tem.

Aí pensei em ficar com Quatro Patas mesmo e ficar só na hipótese. Mas como penso em realmente criar essa ONG, resolvi pensar em outros nomes. Pensei em: Mãos à Pata, Latido Feliz, Almas e Patas. Mas meu orientador disse que eram muito descritivos, e eram mesmo. Já que eu tinha gostado de Quatro Patas, ele sugeriu um outro, que assim que eu fizer o blog, redes sociais etc etc, revelá-lo-ei! Gostei do nome.

Eis alguns dos novos roughs:








terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um olhar sobre o rio São João

Durante três dias, o WWF-Brasil juntou-se à expedição que cruzou os 120 quilômetros do rio São João, no Estado do Rio
de Janeiro. Já esperávamos encontrar as agressões que os
rios brasileiros sofrem costumeiramente, mas nada comparável
ao que vimos. O São João tem suas águas excessivamente exploradas pela agropecuária, contaminadas por agrotóxicos
e poluídas por esgotos. E, até onde há uma barragem, cuja
função é nobre, o projeto não previu a construção das escadas necessárias para os peixes seguirem para as nascentes, a fim
de se reproduzirem – a chamada piracema. Ao longo do rio estão conservados apenas o trecho do São João que percorre a Reserva Biológica Poço das Antas e alguns pontos sinuosos,
que mantêm a vegetação remanescente dos mangues.
Clique aqui e leia o blog da expedição.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Master and servant (Depeche mode)

There's a new game
We like to play you see
A game with added reality
You treat me like a dog
Get me down on my knees

We call it master and servant
We call it master and servant

It's a lot like life
This play between the sheets
With you on top and me underneath
Forget all about equality

Let's play master and servant
Let's play master and servant

It's a lot like life
And that's what's appealing
If you despise that throwaway feeling
From disposable fun
Then this is the one

Domination's the name of the game
In bed or in life
They're both just the same
Except in one you're fulfilled
At the end of the day

Let's play master and servant
Let's play master and servant

Let's play master and servant
Come on, master and servant